Saúde da Mulher
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher
Introdução: No Brasil, a saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX, sendo limitada, nesse período, às demandas relativas à gravidez e ao parto. Os programas materno-infantis, elaborados nas décadas de 30, 50 e 70, traduziam uma visão restrita sobre a mulher, baseada em sua especificidade biológica e no seu papel social de mãe e doméstica, responsável pela criação, pela educação e pelo cuidado com a saúde dos filhos e demais familiares.
No Brasil, a política pública evidenciou um salto de qualidade na década de 80, com a formulação de propostas de atenção integral à saúde da mulher que incluíram, pela primeira vez, serviços públicos de contracepção, e que visavam à incorporação da própria mulher como sujeito ativo no cuidado da sua saúde, considerando todas as etapas de vida.
O PAISM, enquanto diretriz filosófica e política, incorporou também, princípios norteadores da reforma sanitária, a idéia de descentralização, hierarquização, regionalização, equidade na atenção, bem como de participação social. Além disso, propôs formas mais simétricas de relacionamento entre os profissionais de saúde e as mulheres, apontando para a apropriação, autonomia e maior controle sobre a saúde, o corpo e a vida. Assistência, em todas as fases da vida, clínico ginecológica, no campo da reprodução (planejamento reprodutivo, gestação, parto e puerpério) como nos casos de doenças crônicas ou agudas. O conceito de assistência reconhece o cuidado médico e de toda a equipe de saúde com alto valor às praticas educativas, entendidas como estratégia para a capacidade crítica e a autonomia das mulheres
Objetivos Gerais da PolíticaNacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher
– Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheresbrasileiras, mediante a garantia de direitos legalmenteconstituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de
promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em
todo território brasileiro.– Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade femininano Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todosos ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie.
– Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde.
O controle social na definição e implementação das políticas de atenção integral à saúde das mulheres:
– promover a integração com o movimento de mulheres feministasno aperfeiçoamento da política de atenção integral à saúde da mulher.
Referência:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Políticas atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.